Ana Margonato
Sou eu, o sabor da ambivalência
Atualizado: 16 de mar. de 2021
Cedo um sorriso largo
A tarde já não garanto a mesma essência.
A noite, talvez gargalhe.
Sou eu, o sabor da ambivalência.
Caso o que procure, seja uma fórmula pra lhe dar.
Eternos sorrisos, felicidade pra nunca acabar.
Algo que lhe traga felicidade, parte da minha vivência.
Fórmula mágica não possuo.
Sou eu, o sabor da ambivalência.
Aqui é morada do doce, mas o amargo também irá encontrar.
Aqui vive a dor de muitos.
Angústia refletida em meu caminhar.
Impossível viver só de riso alegre
Se a dor do outro sentir.
Mas o que seria eu, além de poeira cósmica,
Se isso tudo não me ressentir.
A busca pelos detalhes, pelo belo, há de sempre me interessar.
Seja como um refúgio dos males ou uma forma de me inspirar.
Mas que não seja nunca corante. Não tinga o caos da existência.
Sou doce, sou amargo.
Sou eu, o sabor da ambivalência.
